quarta-feira, 7 de agosto de 2013 | By: Unknown

Soneto De Mel



As madrugadas tomava-a de assalto,
As estrelas lhe sorriam pelas frestas,
Sentidos comandados por um arauto,
O qual zunia melodia, aparando arestas.

Seu coração pululava descompassado,
Aguardando-o com os olhos encerrados,
Qual menina à espera de um brinquedo,
Para contar-se e ouvir os seus segredos.

Entregava-se sem medo - sem maldade,
Por sua voz macia, arrastada e sensual,
Àquele, cujas histórias eram de verdade;
Esperava-o, como um presente de Natal.

Ao embevecer-se com tanta fragilidade,
Deu-lhe o que jorrava em seus alvéolos;
Ele queria:[apenas], as mãos em seus cabelos...



Mel







Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.


2 comentários:

Postar um comentário

Se gostar deixe um comentário

Mel