sexta-feira, 16 de maio de 2014 | By: Unknown

Sou tua


brado num rito de dor,
porém, só o eco do silêncio
e o tic-tac das horas
à gargalhar de minha solidão,
até o romper d`aurora...

suponho que a tua chegada tardia,
inda encontre-me primavera... venha!
antes que a última flor-branca da figueira,
aos poucos perca as pétalas...

inúteis abelhas, tentam o néctar sugar
todavia, guardei-o para os teus lábios,
só eles podem sentir o meu gosto - Âmbar!

vem meu amor, poliniza-me! dá-me de tua seiva!
espero-te insone, desde o mais longínquo inverno,
serei teu amor, tua deusa e serva!


Mel






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5 comentários:

Samuel Balbinot disse...

Boa noite Mel.. como esta querida poetisa..
versos doces como o mel que nos teus lábios esperam pelo beijo..
a espera pelo complemento é assim, um misto de solidão quando a demora persiste e de entrega quando se tem quem se ama nos braços..
beijos e até sempre querida amiga

Unknown disse...

Boa noite Samuel!
Estou bem querido amigo, você sempre tão gentil!
Obrigada pelo teu carinho em me ler e por tua presença!
Um grande abraço!

Henrique Caldeira disse...

O doce desassossego do amor, na espera e no propósito da entrega, num soneto muito doce, muito bom!

Unknown disse...

Bom dia Henrique!
Obrigada por sua presença, um beijo!

A.S. disse...

Belo!... Deliciosamente sensual... excitante!
Cada palavra é uma ardente caricia
escorrendo docemente sobre a pele...!!!

Beijos...
AL

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Mel