quarta-feira, 22 de abril de 2015 | By: Unknown

Sei não

Desistir, pelo som da palavra - é como deixar algo,
de-existir...


percebeste o meu aceno?
talvez não,
tantas vezes acenei-te
em busca de um olhar,
do teu sim...

só viste o teu revérbero
cintilar a minha têmpora.

no meu aceno - todas as flores estendidas
no teu altar.
no meu aceno - todas as águas jorradas
com teu passar.

inda assim, não alcançaste o meu aceno...
olha-o bem, guarda-o em tua íris,
para que, quando avistares
o arco, as cores estejam salvas!

olha, por não teres visto
o meu aceno amor...
de acenar, desisto,
para não morrer de inanição!



Mel









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domingo, 1 de março de 2015 | By: Unknown

Flerte


na cruzada de olhares perdidos,
ou achados,
todas as perenes possibilidades,
um diálogo seco, fitado.

talvez, um pouco de ousadia,
que é o que torna a vida o milagre!

pavoa-se, no entanto, horizonte cortado,
e o mistério d"outro permanece oculto,
brasa-gris sem assopro, apenas supõe-se!

sem atitude - natimorto!
perdeu-se o tempo no vácuo...



Mel

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sábado, 31 de janeiro de 2015 | By: Unknown

amo-te



amo teu hálito,
tanto, que nem sei se
te beijo ou te respiro.

amo tua voz
que me toma de assalto
e me devolve inteira,
mas amo também o teu silêncio,
e este, só quando estás ao meu lado.

amo teu sorriso iluminado,
àquele: espelho de felicidade.
amo tua emoção - tuas lágrimas,
nelas vejo sinceridade.

amei-te num beijo profundo,
e amo-te,
inda mais,
depois de estarmos entrelaçados.


Mel




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