lençóis reprimidos,
olhos juncados de solidão,
corpo em pleno estio...
Na pele eriçada,
a memória de um amor de verão...
cristalizado no olhar,
junto às hortênsias
e alamandas amarelas da estação...
Eis que encontro-me insone
rendida à bruma da noite
envolta por uma voz de linho branco!
Os olhos se enchem de estrelas
enxugo o pranto,
ele canta - eu canto, parelha!
Seus cabelos de nuvens,
sua boca em tempo de chuva,
seus dedos que me
provaram aos goles,
roubam-me de mim: voo-centelha
aos seus braços...
Trouxera-me a paz orvalhada,
até a Estrela D`alva boceja!
Perfumara a mim e ao dilúculo...
Estendo-me ao linho,
em rendição ao seu ósculo
adormeço em seu colo,
e o amarei mais um século...
Mel
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1 comentários:
Belo e intenso como um doce beijo...
AL
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Mel