brado num rito de dor,
porém, só o eco do silêncio
e o tic-tac das horas
à gargalhar de minha solidão,
até o romper d`aurora...
suponho que a tua chegada tardia,
inda encontre-me primavera... venha!
antes que a última flor-branca da figueira,
aos poucos perca as pétalas...
inúteis abelhas, tentam o néctar sugar
todavia, guardei-o para os teus lábios,
só eles podem sentir o meu gosto - Âmbar!
vem meu amor, poliniza-me! dá-me de tua seiva!
espero-te insone, desde o mais longínquo inverno,
serei teu amor, tua deusa e serva!
Mel
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
5 comentários:
Boa noite Mel.. como esta querida poetisa..
versos doces como o mel que nos teus lábios esperam pelo beijo..
a espera pelo complemento é assim, um misto de solidão quando a demora persiste e de entrega quando se tem quem se ama nos braços..
beijos e até sempre querida amiga
Boa noite Samuel!
Estou bem querido amigo, você sempre tão gentil!
Obrigada pelo teu carinho em me ler e por tua presença!
Um grande abraço!
O doce desassossego do amor, na espera e no propósito da entrega, num soneto muito doce, muito bom!
Bom dia Henrique!
Obrigada por sua presença, um beijo!
Belo!... Deliciosamente sensual... excitante!
Cada palavra é uma ardente caricia
escorrendo docemente sobre a pele...!!!
Beijos...
AL
Postar um comentário
Se gostar deixe um comentário
Mel