terça-feira, 19 de março de 2013 | By: Unknown

Quase


de novo aquele medo
paralisante,
um mal estar físico,
onde fujo pelo céu da boca
em busca do útero,
e assim concentro
as dores do mundo,
num grito mudo,
clandestino ,
quero colo,mãe,pai,
primeiro amor,
fim,destino,
assim não tenho
que agir...
sem ação!
quero teu olhar baço
com pena de mim,
um braço,
um abraço,
uma mão,
um sim!

Todavia,inda resta-me  um lenitivo:
- lavar a escadaria d'alma...
com poesia, flores brancas e água de cheiro,
 enquanto vivo, voltar a posição de quase:
- de quase poeta,
- de quase feto,
- de quase morte,
- de quase nós,
quase!
[ai que dor!]

Mel
 

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4 comentários:

Henrique Caldeira disse...

É um prazer fruir da tua poesia. Muito bom, Mel!

Nádia Santos disse...

Parabéns Mel, escreves lindamente querida! Bjus
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=> Só quadras

Manuel Luis disse...

Obrigado pelas palavras de conforto, pela poesia.
Um abraço faz sempre falta, sobretudo daqueles que já partiram.
Um beijo

Joel Munhoz disse...

Oi, amiga Mel.

Bela poesia... "em busca do útero"
"quase... quase..."
Grande ensinamento,precisamos vencer o quase, pois é ele que impede a realização dos nossos sonhos...

E o irônico é que é QUASE.... falta tão pouco, né...

Quero te fazer um convite. Estou participando, junto com outros blogs, da Campanha de incentivo à leitura. Se você quiser nos dar a honra da tua participação, é só dar uma chegada no meu blog através do link http://tarotantrico.blogspot.com.br/2013/03/campanha-de-incentivo-leitura.html onde você terá as informações de como participar.

Valeu, amiga, grato pela atenção,
beijos e um ótimo findi!!!

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Mel