sábado, 4 de janeiro de 2014 | By: Unknown

Na Volta




Uma esperança opaca
De asas defloradas
E tingidas.

Meia bagagem no dorso
Uma alegria resignada.

Abraço largo,
Raso passo,
Olhar vago.

Sorriso estreito
Esmaecente,
Mãos sem jeito
Tristes contentes.

( Há quebra no ar.)


Sigilo entalado no peito.
Silêncio prestes a se romper
Sem garantir remendo no rasgo.


Desejo? De espantar a solidão,
Sem visgo, sem águas, em vão!
Afago nos cabelos amanhecentes
Beijo (seco) nos lábios carentes.

Tentativa de desfolhar
O caminho traçado
E tornar a escrever
Um destino florido.

No entanto, no livro
Palavras ocultas,
Mentiras amarelecidas,
Mente pervertida,
Imagem desconstruída...

Nessas folhas Outonais
Não cabem mais tintas,
Mesma história jamais!



Mel







 Licença Creative Commons
Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.

2 comentários:

Vane M. disse...

Bom vê-la de volta por aqui, Mel! Que esse novo ano traga a escrita de uma nova e linda história, o passado tem esse nome porque merece ficar onde está. Um abraço!

Unknown disse...

Bom dia Bia! Obrigada pelo carinho!...A poesia é como um sopro, um oxigênio emergencial, para mim... Acho que estive sem respirar por um longo período...
Um beijo grande!

Postar um comentário

Se gostar deixe um comentário

Mel