segunda-feira, 24 de março de 2014 | By: Unknown

Dor

Sem armas para esse dia,
sem vontade, sem fé! visão
embaciada, qual meus sonhos...
passos travados, à espera do nada...

Desprovida de mim
fiquei à beira da estrada
sem uma mão para segurar
já não sei onde ir...
não tenho onde chegar...

Inda me resta este quarto escuro
onde não preciso de armas
tampouco de escudos
me encolho
não escolho
os escolhos
me recolho!

Pulsa-me a testa e a nuca,
e a nauseabunda vida
não me permite partir!

Minha aura em total iminência,
prenúncio de dor...
Nessa aquarela perdi a referência,
já nem sei minha cor...

De fontanela em fenda
minha aura se expande,
minha energia se esvai,
como se esvaiu o amor, sem dizer-me pra onde...


Mel







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1 comentários:

Samuel Balbinot disse...

Boa tarde Mel.. versos com uma beleza mesmo em lutas para com a tristeza.. a dor nos faz refém muitas vezes.. o quarto escuro me teve por muitos anos.. mas foi bom pq dentro dele que meus versos mais belos foram criados.. falar de dor e amor não tem como não soar no coração de quem lê.. bjs e um lindo dia poetisa.. até sempre

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