domingo, 6 de abril de 2014 | By: Unknown

Doce presença

Dentro da noite sem cor,
lençóis reprimidos,
olhos juncados de solidão,
corpo em pleno estio...

Na pele eriçada,
a memória de um amor de verão...
cristalizado no olhar,
junto às hortênsias
e alamandas amarelas da estação...

Eis que encontro-me insone
rendida à bruma da noite
envolta por uma voz de linho branco!

Os olhos se enchem de estrelas
enxugo o pranto,
ele canta - eu canto, parelha!

Seus cabelos de nuvens,
sua boca em tempo de chuva,
seus dedos que me
provaram aos goles,
roubam-me de mim: voo-centelha
aos seus braços...

Trouxera-me a paz orvalhada,
até a Estrela D`alva boceja!
Perfumara a mim e ao dilúculo...

Estendo-me ao linho,
em rendição ao seu ósculo
adormeço em seu colo,
e o amarei mais um século...



Mel 







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1 comentários:

A.S. disse...

Belo e intenso como um doce beijo...

AL

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